O neônio é um gás nobre do segundo período da Tabela Periódica. Dentre os elementos desse grupo, é o segundo mais abundante da atmosfera terrestre, ficando atrás do Ar, e o que possui o segundo menor ponto de ebulição, ficando atrás do He. É caracterizado pela alta energia de ionização, além de ser incolor, inodoro, insípido e quimicamente inerte. 2s1x5d
Esse elemento é obtido como subproduto da liquefação do ar atmosférico seguido pela sua destilação fracionada. É um elemento de poucos usos, mas muito conhecido pela sua utilização em sinais e avisos luminosos. Em sua forma líquida possui um grande potencial refrigerante, bem maior que o hélio e o hidrogênio, por exemplo. Foi descoberto já no final do século XIX, por Sir William Ramsay e Lord Rayleigh.
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O neônio é um gás nobre (grupo 18 da Tabela Periódica), composto por três isótopos naturais.
O neônio, assim como os outros elementos desse grupo, apresenta-se como um gás monoatômico em temperatura ambiente, sendo inerte quimicamente, insípido, inodoro e incolor.
Sua alta energia de ionização dificulta verificar a obtenção de compostos.
É o quarto maior constituinte da atmosfera terrestre e o segundo gás nobre mais abundante dela.
É obtido como subproduto da liquefação do ar atmosférico seguido pela sua destilação fracionada.
Pode ser usado em letreiros luminosos e, quando líquido, como líquido refrigerante.
Foi descoberto no fim do século XIX, por meio dos estudos de Lord Reyligh e Sir William Ramsay.
Símbolo: Ne.
Número atômico: 10.
Massa atômica: 20,1797 u.m.a.
Ponto de fusão: 248,609 °C.
Ponto de ebulição: - 246,053 °C.
Densidade: 0,89990 g/L (1 atm, 0 °C) / 1,204 g/cm³ (no ponto de ebulição).
Eletronegatividade: –
Configuração eletrônica: [He] 2s2 2p6.
Série química: ametais, gases nobres, elementos do grupo 18, elementos representativos, elementos do grupo p.
Como os demais gases nobres, o neônio é quimicamente inerte (afinal, possui octeto completo), é incolor, inodoro, insípido, apresenta-se como um gás monoatômico, de baixo ponto de ebulição e com altíssima energia de ionização. No caso do neônio, a primeira energia de ionização é de 21,56 eV, a segunda maior dentre todos os elementos da tabela, ficando atrás apenas do gás nobre He.
Essa alta energia de ionização deixa em aberto se de fato é possível a existência de compostos de neônio. Em tubos de descarga a vácuo, o neônio apresenta um brilho avermelhado, sendo o mais intenso dentre os gases nobres. O neônio natural é uma mistura de três isótopos, sendo que foi o primeiro elemento não radioativo em que se observou tal fenômeno.
O neônio é um raro elemento gasoso encontrado na atmosfera terrestre, com um teor de 0,001818% por volume de ar seco, ou seja, algo na faixa de 18 mL de gás neônio a cada mil litros de ar, sendo o quarto gás mais abundante, após nitrogênio, oxigênio e argônio. Na crosta terrestre, possui um teor médio de aproximadamente 7 x 10-5 ppm, enquanto na água do mar esse teor é na faixa dos 2 x 10-4 ppm.
O ar atmosférico acaba sendo a única fonte industrial viável para a obtenção dos gases raros, com exceção do gás hélio. Assim sendo, o neônio é obtido como subproduto da liquefação do ar, sendo separado dos demais componentes gasosos por uma destilação fracionada posterior. O neônio pode ser ainda purificado por métodos de adsorção, de modo a obter teores próximos de 99% do gás. A produção mundial de neônio é estimada em cerca de 1 tonelada por ano.
Para a sociedade de forma geral, talvez o uso mais conhecido do gás neônio seja o da sua utilização em placas de sinalização e avisos.
Junto ao gás hélio, o neônio forma um laser (HeNe), utilizado, por exemplo, para escanear códigos de barras, em tocadores de CDs e em aplicações médicas, como cirurgias oftamológicas a laser, além da análise de células sanguíneas. Também é usado na fabricação de indicadores de alta tensão e para-raios.
O neônio líquido é um líquido refrigerante economicamente viável, 40 vezes mais refrigerante que o hélio e mais de três vezes mais refrigerante que o hidrogênio líquido.
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Apesar de serem constituintes majoritários da atmosfera terrestre, os gases nobres só começaram a ser descobertos no ano de 1785, quando Henry Cavendish isolou o mais abundante de todos, o argônio.
O próprio Cavendish, aliás, não reconhecia o argônio como um novo elemento químico, e, até o final do século XIX, não se acreditava que nada de novo poderia sair da tão investigada atmosfera, do ponto de vista químico. Até que, em 1894, Sir William Ramsay e Lord Rayleigh anunciam a descoberta do elemento químico neônio.
Isso marcou o início de uma nova era de descobertas científicas, que permitiu que Ramsay e seus colaboradores isolassem, no intervalo de poucos anos, um grupo inteiro de novos elementos (os gases nobres).
O nome neônio foi sugerido pelo filho de Ramsay, Willie, à altura com 13 anos. Ele havia sugerido “novum”, a palavra em latim para “novo”, mas o escocês adotou “neon”, de raíz grega, por soar melhor no inglês.
Por Stéfano Araújo Novais
Professor de Química
Fonte: Brasil Escola - /quimica/gas-neonio.htm